NEGOCIAÇÃO COM O GOVERNO: ENFRENTANDO DUPLO
DESAFIO
As
negociações com o governo têm ocorrido historicamente em dois
níveis.
No
primeiro nível, acontece a negociação das entidades representativas dos
servidores públicos federais com o governo. Neste nível, a APUB tem
participado dos fóruns dos SPFs da Bahia, participado de eventos
(inclusive com o lançamento da campanha salarial de 2015, atividade que
apenas dois estados realizaram), sediado reuniões e apoiado a pauta geral.
Para o conjunto dos SPFs, o governo apresentou no dia 25/06 uma proposta
para o início das negociações, à qual denunciamos como insuficiente,
dentre outras coisas, por não repor perdas com a inflação. Nova reunião
ocorrerá com os SPFs no dia 07/07.
Outro
importante nível de negociação se refere às reivindicações específicas das
várias categorias. As do Judiciário, por exemplo, foram das primeiras e as
que, aliás, solicitaram os maiores índices de reajuste. Para pressionar,
os servidores do judiciário federal estão em greve na Bahia desde 16/06,
reivindicando reposição salarial de 20% e 40%, em julho e dezembro de
2015, respectivamente, além do Plano de Carreira. As entidades
representativas dos docentes, Proifes e Andes, protocolaram suas pautas
específicas há meses. Nelas, além da questão salarial, a reestruturação da
carreira aparece como de grande importância e, a ela, somou-se a luta
contra cortes nas verbas para a educação e a universidade. Em maio,
ocorreu a primeira reunião setorial, em que o MPOG solicitou às
entidades a definição de prioridades nas propostas. E em junho, o
governo não deu prosseguimento às discussões.
A
questão agora, quando o governo condiciona retomar as reuniões sobre as
reivindicações específicas ao encerramento do acordo sobre o reajuste
linear geral, adiando ou empurrando com a barriga as discussões
setoriais, não caberia, para ele, pressionar para continuação das
atividades das mesas setoriais. O grande risco é o de que a discussão da
pauta específica seja empurrada para o fim do prazo de envio do projeto de
orçamento para o Congresso, inviabilizando essas negociações.
Na
medida em que nossas reivindicações tratam de temas para além da pauta
geral, consideramos que não devemos aceitar o adiamento da reabertura da
mesa setorial.
Dirtoria
APUB
Sindicato
Nenhum comentário:
Postar um comentário